O faz gols
Um guerreiro goleador dentro de campo
Jorge Benjamin Duarte, o “Jorjão”, ex-atleta do Lajeadense, foi um dos maiores goleadores do Alviazul
Torcedores fanáticos do Lajeadense sabem bem quem foi Jorge Benjamin Duarte, o Jorjão (46 anos). Ele faz parte da história do clube, nos anos de 1998 até 2003, como um dos maiores goleadores do time Alviazul, quando deixou sua marca de artilheiro em 98 oportunidades.
Jorjão começou a vida como jogador profissional em 1990 no Grêmio e chegou, como lateral esquerdo, até o último ano dos juniores, vindo do futebol de salão. Com seus 16 anos o craque já jogava no futebol amador entre os adultos nos times de Porto Alegre.
Sua vinda para o Lajeadense, em 1998, foi por intermédio de Antônio Carlos Ruaro e Osmar Mezacasa, grande amigo dele vindo da Região das Missões.
Sua passagem pelo Vale do Taquari foi de sucesso, tanto para ele, como para o clube, o que fez com que o goleador ficasse marcado entre os principais jogadores que já passaram pelo time. Ele diz que todo esse reconhecimento é fruto de muita dedicação até o último minuto de cada jogo. “Sempre fui muito bem aceito pelos torcedores, acho que porque viam em mim um guerreiro dentro de campo. Claro, e pela facilidade de marcar gols”, ri.
Ele é humilde. Diz que nunca se enxergou como um ídolo, mas confessa que contribuiu muito para o time. “Sempre é bom ser lembrado pelos torcedores. Isso é o mais gratificante.”
Para ele, o gol é o momento mágico do futebol, ainda mais quando são importantes num contexto de um time, clube, partida ou campeonato.
Jorjão já fez muitos gols importantes em sua trajetória como jogador de futebol, mas no Clube Lajeadense diz que disparado tem um momento que mais se recorda. Foi quando fez dois gols contra o time 15 de Campo Bom em uma diferença de 15 minutos. Ele estava com uma contratura na perna. “Nunca vou esquecer daquele jogo. Lembro que o massagista do 15 na saído comentou com a comissão técnica deles, que não estava acreditando que eu tinha feito dois gols, nesse tempo e ainda machucado.”
O que diz para os novos jogadores
Jorjão se destacou em todos os tipos pelo qual passou, mas diz que não é um exemplo de profissional. Para os novos atletas que querem seguir na área ele sugere, “Coisa bem simples: faça o que eu digo e não o que fiz.” Ele diz que nem ele mesmo sabia do grande potencial que tinha. Hoje olhando os outros jogando se compara com quando jogava. “Agora entendo porque o treinador Tite me falava: você só está sendo rui pra si mesmo.” Diz que o treinador via naquela época o quanto ele jogava, e ele desperdiçou muitas oportunidades.
Clubes por onde passou
- Flamengo de Horizontina
- Tac de Três Passos
- Tupi de Crissiumal
- Tresmaiense
- Veranópolis
- Esportivo de Bento
- Palmeirense
- São José de Porto Alegre
- Cachoeira
- Confiança de Aracaju
- CSA de Alagoas
- Lajeadense de Lajeado
- Brasil de Pelotas
- Paraguaçuense de São Paulo
- Felgueiras de Portugal
- Juventus de Santa Rosa
- Passo Fundo
- Ipiranga
- Sarandi
- Guarani de Venâncio Aires
Títulos conquistados
- Campeão Copa Abílio Reis pelo Lajeadense em 1998
- Campeão Gaúcho da segunda divisão com o Veranópolis em 1993
- Campeão Gaúcho com o Cachoeira em 2001
- Campeão do Interior com o São José de Porto Alegre
- Vice-campeão série A com o Paraguaçuense
Texto: Carine Krüger