04/08/2017

Fernando Henz

Das quadras do Vale para o Brasil

Das quadras do Vale para o Brasil
Fernando Henz iniciou a carreira ainda jovem e, hoje, apita jogos da Liga Nacional
Tranquilidade é o adjetivo que define o árbitro da Liga Nacional de Futsal Fernando Henz. Natural de Cruzeiro do Sul, Henz iniciou a carreira cedo, durante a graduação de Educação Física.
“Fiz o curso de Arbitragem, na verdade, para aproveitar as horas para a faculdade. Não tinha pretensão de seguir a carreira. O curso nem era da federação.”
O começo na profissão começou de forma esporádica, pois Henz era atleta de futebol amador. No início, o então goleiro conciliava as duas atividades, mesmo após o curso da Federação Gaúcha de Futsal.
Henz salienta que não misturava as duas modalidades. “Naquela época, não jogava futsal, nem apitava campo. Eu não misturava as coisas. A partir de 2007, 2008, fui pegando alguns jogos mais importantes e tive que optar. Então, escolhi a arbitragem”, conta. Ele comenta que, diferentemente do que possa parecer, a escolha não foi tão difícil em decorrência das lesões sofridas.
“Como eu era goleiro, sofri muito com lesões no ombro e nos joelhos, além do cansaço físico. Chegava segunda-feira e eu estava com dores. Além disso, a arbitragem já estava me trazendo alguns retornos bem bacanas.”
Henz conta que, a partir disso, começaram a surgir jogos mais importantes. “Até aí eu apitava mais jogos de infantil. Quando eu passei a apitar jogos de adulto, as coisas ficaram diferentes.”
Segundo Henz, por ser jovem, na época, sofreu um pouco para conquistar o respeito dos atletas, porém, muitos eram seus conhecidos graças ao futebol. “A partir daí, fui tendo mais oportunidades e crescendo no quadro da federação.”
Em 2009, o jovem árbitro apitou o seu primeiro jogo da Série Ouro do Gauchão e, em 2010, subiu ao quadro de aspirantes à confederação, sendo eleito a revelação do Campeonato Gaúcho.
A rotina
Apesar da dedicação à carreira dentro das quatro linhas, Henz também trabalha em outro ramo, ao qual, ele salienta, mesmo quando está em viagens, procura se dedicar o máximo.
Além disso, para atuar e conquistar cada vez mais espaço, por vezes, precisa abdicar de estar com a sua família, o que, conforme ele, às vezes é complicado. Contudo, conforme ele, conhecer novos lugares e novas pessoas, ter reconhecimento e ganhar credibilidade é gratificante.
Os jogos
“Pra exercer essa profissão tem que ter amor. Não é fácil encarar um ginásio com três mil, quatro mil pessoas gritando, colocando pressão. É preciso manter a calma e ficar tranquilo, senão, o jogo perde o controle”, observa.
Henz explica que o futsal profissional tem jogos muito rápidos e com menos emoção do que o amador. “Aquilo é o emprego dos jogadores, eles sabem ser mais racionais e pensar um pouco antes de agir, pois, caso errem, estarão colocando o seu emprego em risco.”
Para o cruzeirense, hoje morador de Lajeado, o futsal gaúcho é muito forte, com vários times na disputa da Liga Nacional, assim como em Santa Catarina e em São Paulo.
Preparo físico
Para manter o peso adequado e um rendimento qualificado, o árbitro diz que é submetido a diversos testes físicos. Para passar, ele procura correr e frequentar academia sempre que possível.
Marcado na memória
“A primeira final de Estadual Série Ouro foi muito emocionante. Hoje, é muito difícil chegar a apitar uma final de campeonato, pois a arbitragem gaúcha é muito forte”, comenta.
“A cada jogo é uma emoção nova, cada final apitada é indiscritível.”
Os objetivos
“O meu objetivo é me manter no quadro da Liga Nacional. Já vou completar cinco anos de confederação”, afirma. Até então, Henz diz ter apitado jogos até a segunda fase da Liga e que, passar à fase de mata-mata e, num futuro breve, a uma final, é seu plano.
O presente
Além das amizades e dos laços criados como árbitro, Henz teve a oportunidade de conhecer diversas cidades, seja em jogos ou em congressos.
“A única coisa que a gente leva são as amizades. Isso não tem preço. Chegar a um ginásio, depois de viajar 300 quilômetros, e ser chamado pelo nome é algo maravilhoso”, declara.

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