11/08/2017
kart Cross
De acordo com os esportistas Tasca e Zanus, praticar essa modalidade envolve muita adrenalina
Engaiolados para vencer
Tasca é campeão regional e estadual de kart cross
Grupo apaixonado pela Minifórmula Tubular, o kart cross, criou a Associação Veloclube Lajeado. Um dos componentes já se tornou campeão estadual no dia 29 de janeiro
Literalmente, os amantes do kart cross ou Minifórmula Tubular ficam engaiolados dentro dos carros pequenos, com formato de gaiola. Com motor de motos e movidos a gasolina ou álcool, dependendo da modalidade, o karts dão precisão e agilidade ao esporte. Em Lajeado, essa modalidade de corrida está virando moda, e um grupo até já criou uma associação, a Veloclube Lajeado, a fim de aperfeiçoar as práticas e impulsionar ainda mais o esporte na região.
Um dos participantes, Augusto Schröeder Tasca, ficou campeão regional e estadual do Campeonato Gaúcho de Velocidade na Terra, no dia 29 de janeiro. A competição teve seis etapas, disputadas nas cidades de Taquara, Caçapava do Sul e Pelotas, onde há pistas especiais para as disputas. Ele não só foi o campeão da categoria como também marcou 287 pontos, 99 a mais do que o 2º colocando, sendo uma grande diferença e superpontuação para esse tipo de competição.
Outro integrante da associação é Janpier Zanus, que disputou a classe B do campeonato gaúcho e ficou em 9º lugar no Estado. Desta forma, os competidores do Vale vão ganhando espaço no Estado e propagando suas virtudes na velocidade.
Diferencial do esporte
A modalidade resume-se a uma competição de MFT em pistas de terra por todo o Estado. O cronograma de prova é de um treino livre seguido de dois treinos classificatórios na parte da manhã. A classificação para o grid de largada é tomada pelos tempos mais velozes realizados nos treinos classificatórios.
Na parte da tarde, são realizadas duas baterias de 13 voltas. Somam-se os melhores resultados das duas baterias para classificação final da etapa.
Como é praticar o esporte
De acordo com os esportistas Tasca e Zanus, praticar essa modalidade envolve muita adrenalina: “É um esporte muito disputado por vários pilotos de todas as cidade gaúchas”. Mesmo sendo uma disputa que envolve velocidade (chegando a alcançar 110/120 km/h ao final de reta), é um esporte seguro, porém, necessitando de todos os equipamentos de segurança (cintos homologados, macacão de corrida, sapatilhas, luvas, capacetes).
Como começaram na modalidade
Tasca ingressou nesse esporte por meio do pai Antonio Marcos Tasca, que é um fã de automobilismo há muito tempo. “Ele é fabricante dos karts e está no esporte há mais de 20 anos.” Para ele, o kart, além de trazer muita adrenalina, é muito bacana, pois o ambiente entre os pilotos, mesmo sendo em competições, é de muita amizade. “Mesmo se tornando um esporte não reconhecido em muitas cidades, sem nem sequer ter patrocinadores, é um esporte que praticamos por amor, por gostar de vivenciar essas disputas.”
Segundo Zanus, a modalidade é admirável, porque tem um nível de adrenalina muito elevado, com carros pequenos que atingem até 120 km/ h. “A união entres os participantes é muito boa e todos ajudam no que for preciso. Dentro da pista, a coisa muda e existe muita rivalidade, com muitas disputas saudáveis.”
O que é preciso para praticá-lo
Em campeonatos federados pela Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA) é preciso ter a carteira de piloto. Existem campeonatos não federados, em que apenas são necessários os equipamentos de segurança.
Títulos de Tasca
*Bicampeão Copa Faccat (2013/2016)
*Vice-campeão gaúcho 2012/2013
*Campeão gaúcho 2016
*Campeão Campeonato Sul-Brasileiro 2009
Como são os treinos
Competidores realizam treinos durante as temporadas para aperfeiçoar os equipamentos. No Vale do Taquari, ainda não tem pistas, e o grupo busca em cidades do Vale apoio para construir um autódromo.
Para ingressar no esporte, basta apenas ser um amante de automobilismo e adquirir seu kart cross em algum fabricante.
Divisão de categorias
As categorias de MFT ou kart cross são divididas em A e B.
Cat. A - São Motores de Twister/Tornado 250 ou CB300, sendo preparação livre, podendo atingir médias de 350cc ou mais.
Cat. B - São Motores de Twister/Tornado sem preparação, sendo, assim, originais.
A associação
A associação de pilotos em Lajeado chama-se Associação Veloclube de Lajeado (AVL). No momento, são em torno de 25 associados. Ela foi criada para conseguir, como entidade, na prefeitura, a construção de uma pista. “Até então, nada foi conseguido, e continuamos na luta. A associação é formada por pilotos de kart cross e também de carros.”
Fonte texto: Carine Krüger