13/08/2017

André Bücker

“Mais do que dificuldades, responsabilidades. Desafios com honra”

André Bücker
“Mais do que dificuldades, responsabilidades. Desafios com honra”
Com 3/4 do mandato de presidente do Clube Tiro e Caça completados, André Bücker já faz uma avaliação do período que está como o principal nome de um dos clubes sociais protagonistas do Estado, com número de sócios maior do que de muitas cidades gaúchas
No meio de pilhas de papel, processos, um orçamento ainda por fechar. Entre entrevistas, consultas e visitas, um evento a organizar. O telefone toca: é preciso atender. Depois de desligar, André Bücker consegue retomar o assunto. O advogado de 41 anos vive, nos dois últimos anos, sob um ritmo mais intenso. É que além de dar conta da burocrática demanda da profissão, também precisa responder pelas responsabilidades de ser o “prefeito” de uma “cidade” de oito mil pessoas. Por sinal, o orçamento, o evento e o cliente que ligou dizem respeito, todos, ao Clube Tiro e Caça (CTC), de Lajeado.
Encabeçando a chapa única, Bücker, ex-conselheiro, secretário e vice-presidente administrativo do clube assumiu no lugar do ex-presidente Renan Lopes no início de 2016. Ele que responde por uma equipe de 32 funcionários; começa a fazer um balanço da sua gestão.
As lembranças do atleta
Aos 41 anos, nascido em Porto Alegre, mas orgulhosamente criado em Lajeado, André é hoje profissional e sócio da empresa Bücker e Glufke Advogados Associados S/S, também do município. Nunca escondeu que o CTC sempre fez parte da rotina do menino quando em Lajeado, do estudante quando em Porto Alegre e do já advogado quando de volta ao Vale do Taquari. Ele detalha. “Nasci praticamente dentro do CTC, e desde minhas mais remotas lembranças o clube faz parte da minha vida, seja nas quadras de tênis, nos campos de minifutebol, nas piscinas. Comecei aos seis anos frequentar a Escolinha de Futebol, com o Jura, jogando até os 15 anos, com muitos amigos formados naqueles preciosos anos de infância e adolescência. Também joguei tênis, com a professora Neky, tendo iniciado aos oito anos, numa relação muito legal. A Neky por sinal, além de professora, foi uma super amiga de toda aquele piazada que passava as tardes dentro das quadras”, relembra. “Aos 15 parei de jogar tênis, mas então passei aos campos do Minifutebol com a turma do Coroas Mirim, isso em 1991, sendo que até hoje o time disputa os campeonatos.” Como jogador foi tricampeão da Primeira Divisão do Minifutebol. “Sempre com a turma do Coroas Mirim, que aliás, completa 30 anos este ano. E muito de minha participação na Diretoria se deu pelo apoio dos amigos deste grupo”, ressalta o presidente, que ainda planeja temporadas pelos gramados. “Hoje tenho só jogado tênis, venho participando da 2ª Classe do Ranking Interno do Clube, e de algumas outras competições, aqui e em outras cidades do Estado.”
“Nasci praticamente dentro do CTC”
As responsabilidades do presidente
Saindo o Bücker atleta, entrando o Bücker presidente, um suspiro. Alguns instantes para se pensar e é hora de avaliar a honra, mas também as responsabilidades de comandar o clube no ano do seu centenário. “Conduzir o CTC é uma tarefa de imensa responsabilidade, independentemente de ter sido no Centenário ou não, mas efetivamente por ser uma data tão marcante, maior do que a responsabilidade está sendo a honra” atesta. “E as boas coisas que temos conseguido só se explicam pelo trabalho conjunto de uma diretoria e funcionários que pensam o clube como um local de bem estar dos sócios.” Falando neles, o presidente completa. “E, como dito, a responsabilidade é enorme, tendo em vista os quase oito mil sócios que o clube tem. Não se pode e nem se conseguirá agradar a todos indistintamente, mas o objetivo é sempre buscar melhorias para que o clube seja cada vez mais frequentado, e que esta frequência seja de todos membros da família! Esta é para mim a maior responsabilidade: trazer os sócios para dentro do clube, e que eles aqui se sintam bem.”
“Maior do que a responsabilidade está sendo a honra”
Contudo, o presidente não esconde que se trata sim de uma tarefa, objetivo um tanto complicado, principalmente quando a dedicação ao posto não pode ser integral. “A maior dificuldade é exatamente ter tempo de poder conciliar as atividades profissionais com o dia a dia do clube, que apresenta uma variada gama de situações que devem ser vistas com atenção e também com o carinho que o sócio merece”, relata. Reconhece, porém, que há alguns avanços que por ironia fazem parte da agitada rotina de um trabalhador que contribuem para com a função de administrador. “Com as ferramentas de comunicação de hoje em dia, o contato é praticamente online, sendo que ficamos por dentro de tudo ou quase tudo que acontece dentro do clube rapidamente, e assim as demandas dos sócios estão sendo atendidas dentro de um prazo adequado.” Mas ressalta: “só se faz possível uma boa administração com a ajuda inestimável de colegas de diretoria e funcionários que efetivamente abraçam a causa, se esmeram em deixar o clube sempre em perfeitas condições de uso para os sócios.”
As demandas do administrador
Entre as demandas e os objetivos está o de “devolver um pouco mais” ao sócio. Ele explica. “Desde que entramos, no início de 2016, nosso principal objetivo foi de busca dar mais e melhores motivos para que o sócio e sua família tenham em nosso clube o seu lugar de lazer e diversão, ou como dissemos, que o clube seja um pouco a extensão de seus lares”, ressalta. “Vemos o CTC como protagonista na sociedade regional e até porque não dizer, estadual, e para tanto, temos buscado realizar ações que confirmem este protagonismo, tais como shows nacionais e regionais, happy hours, eventos corporativos. Como protagonistas, temos também responsabilidades sociais, ambientais, culturais, e através de nossos departamentos, procuramos fazer com que estas responsabilidades sejam observadas e efetivamente cumpridas, não só no papel, mas na prática”, analisa Bücker, ao citar entre outras coisas as reformas das instalações do clube, como salões, piscina, quiosques. Neste processo, o presidente não fala em dificuldades, mas sim em desafios. “Como dirigente não digo a maior dificuldade, mas o maior desafio é justamente fazermos a leitura correta dos anseios de nossos sócios, e fazer com que eles vejam o clube como um local seu, mas também de todos os outros sócios. E isso às vezes torna-se um pouco difícil. Mas buscamos a igualdade entre todos, então o que vale para um, vale para o outro também” explica. “Também não vejo o que seria a maior dificuldade do clube como instituição, mas também creio que seja mostrar-se cada vez mais moderno no sentido de oferecer opções interessantes àqueles que são a razão dele existir, ou seja, os sócios.”
O ontem, o hoje, o amanhã
O clube teve na sua recente história a implantação de dois campos novos de futebol sintético, a instalação de Wifi, câmeras de monitoramento, a inauguração do Complexo da Bocha e do Espaço Ladies entre outras conquistas. Mesmo com os avanços, as exigências e os pedidos por mais são constantes. A demanda por quadras de paddle tem se intensificado por exemplo. Se há espaço e o que inovar sempre, o administrador social avalia. “Sabe-se que as coisas estão evoluindo cada vez mais rapidamente, e o clube também tem que viver em constante mudança. Durante este um ano e meio, temos buscado permanentemente realizar melhorias e adequações em nosso clube, tais como o novo quiosque localizado ao lado do campo A, piso e vagas de estacionamento, melhorias e manutenções rotineiras nas quadras de tênis, nas churrasqueiras dos nossos matinho. As quadras de paddle fazem parte de nossos projetos a curto ou médio prazo”, afirma.
Ele continua, após dar encaminhamento a outra causa “A principal obra física desta gestão será a reforma do parque de piscinas, com a modernização das mesmas, buscando oferecer mais e melhores espaços aos sócios, tanto dentro como fora d´água, com novos brinquedos para as crianças, sistema de iluminação, piscinas de jogos e hidromassagem”. A reforma, em andamento, deixará tubulações já preparadas para eventual sistema de aquecimento da água. “O que hoje, conforme estudos que fizemos em conjunto com o Conselho Deliberativo, por quase três anos ainda se apresenta caro para instalação e de elevado valor de manutenção. Sabemos que por ser uma obra de grande monta, apresenta algumas dificuldades de logística para a construtora, e eventualmente alguns espaços do clube terão restrição de uso, mas será por pouco tempo e por uma causa justa, mas desde já pedimos a compreensão de nossos sócios”, enfatiza. “Espaços hoje são exíguos em nossa sede, mas estamos atentos e buscando alternativas. A limitação de nossos espaços pode ser vista com uma dificuldade física, mas vale lembrar que temos uma área de terras no bairro Bom Pastor que em um futuro não distante poderá ser aproveitada”, detalha.
Pilares
Quando o assunto volta aos gramados, mais especificamente uma das marcas registradas do CTC, Bücker atesta. “O minifutebol sempre foi um dos pilares de nosso clube, podendo se dizer também que foi a locomotiva do crescimento em numero de sócios de nossa entidade. Hoje outras alternativas existem, dentro e fora do clube, mas nosso futebol sagrado dos sábados à tarde ainda é o motivo de maior afluxo de sócios em nossa sede.” Ao finalizar, garante. “Pensamos em ter um campeonato cada vez mais adequado aos anseios dos nossos associados, ou seja, uma competição em que o respeito prevaleça, seja em relação aos adversários, aos juízes e à torcida, onde a busca pela vitória seja sempre um objetivo, mas que também a reunião de amigos e a prática saudável do esporte sejam os principais fiadores do sucesso de nosso campeonato. Pensamos que temos que ter um campeonato com qualidade, e não só quantidade. A qualidade será sempre o diferencial que manterá nosso interno de minifutebol como evento de grande sucesso, o que se confirma pela longevidade já adquirida.”

Você sabia
O Clube Tiro e Caça nasceu como sucessão do antigo Clube Tiro de Guerra 236, que encerrou as atividades em janeiro de 1946. A associação civil sem fins lucrativos considera a data de fundação oficial o dia 20 de agosto de 1916.
O nome Tiro e Caça surgiu devido ao fato de o antigo clube ser uma das referências no estado para a prática do tiro ao alvo. O CTC tem duas sedes. A central, na rua Saldanha Marinho, 15, no bairro Hidráulica, e a futura sede campestre, na BR-386, KM 341, no bairro Bom Pastor.
Na sede central, há seis salões para eventos: social, panorâmico, floresta, corticeiras, bosque e rústico. A sede tem, ainda, três campos de minifutebol (dois com gramado sintético), sete quadras de tênis (duas cobertas), um moderno complexo de bocha (com duas quadras e um espaço gourmet), academia de musculação, salas de ginástica e cartas, piscinas (adulto e infantil), quadra de areia e poliesportiva, pista de caminhada e estacionamento interno, além de uma grande área verde preservada bem no centro.
Integrantes da diretoria do Clube de Tiro e Caça para o período de 2016-2017.
Presidente: André Bücker
Vice-Presidente Administrativo: Ney Arruda Filho
Vice-Presidente de Patrimônio: Paulo Roberto Pereira Gravina
Vice-Presidente Esportivo: Luis Fernando Cardoso de Siqueira
1º Tesoureiro: Felipe André da Silva
2º Tesoureiro: Fernando Rohsig
Casal Diretor Social: Daniel Dullius e Ana Paula Quinot
Diretor Social Técnico: Marcelo Sommer
Diretor de Tênis: Pedro Bald
Diretora de Sustentabilidade: Diana Blüm Kunzel
Diretor Piscinas: Carlos Schroeder
Secretário: Giovani Lucian

Fonte texto: Rodrigo Angeli

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site.