Lilafa 2018
Taxa assumirá comando da entidade, tendo como vice-presidente Sírio Pereira Duarte. Posse ocorre, na segunda-feira (22), às 19h30min, na sede da Sociedade União Carneiros
Encontro proposto pela Secel teve seis equipes amadoras de Lajeado (São Cristóvão, União de Carneiros, Campestre, Estudiantes, Jardim do Cedro e Penharol), dispostas a resgatar a credibilidade e o sucesso do Campeonato Municipal da cidade polo do Vale do Taquari
Lajeado – Sim. O Municipal de Lajeado pode retomar os anos de glórias. Pelo menos foi o que os desportistas que estiveram presentes na sede da SER São Cristóvão, na noite de segunda-feira (15), concluíram, após o debate de ideias entre os participantes do encontro proposto pela Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer de Lajeado (Secel).
Na mesa oficial, Carlos Rodrigo Reckziegel, titular da Secel; Volnei Kochhann, presidente da Aslivata; Darlei Christ, presidente da Lilafa e Jorge de Freitas, o “Taxa”, presidente da ARA.
Coube ao secretário Reckziegel a condução da reunião, já que foi de sua iniciativa procurar os dirigentes dos clubes de Lajeado para buscar uma alternativa viável para a realização do campeonato.
Reckziegel saudou a todos e manifestou o interesse da poder público em colaborar com a taxa de arbitragem e também analisar caso a caso, das necessidades pontuais de cada agremiação, para que as mesmas tenham condições de receber os visitantes em suas praças esportivas. “A ideia de termos um representante de cada equipe na composição da diretoria é válida, desde que todos cumpram o regulamento”, explicou o secretário.
Em seguida foi à vez do atual presidente da Lilafa, Darlei Christ, se manifestar. Ele falou do seu descontentamento com a competição. “o amador está com uma série de dificuldades, já que o futebol não é a primeira opção para muitos que estão envolvidos neste meio”, analisou o dirigente, que tem mais uma semana no comando da entidade.
Na sequência, Volnei Kochhann, presidente da Aslivata, rebateu as palavras de Christ. “Nosso futebol é viável. A Aslivata está criando uma série de alternativas, visando oportunizar a todas as agremiações a participação nas competições, inclusive buscando patrocinadores para os municipais das Ligas filiadas a Aslivata”, informou o mandatário.
Depois da opinião dos dirigentes das entidades, Reckziegel quis saber a opinião dos representantes das equipes.
Valdir Black, da SER São Cristóvão enalteceu que todos precisam fazer sua parte, para que o campeonato retome os seus anos de glórias.
Já o presidente da Sociedade União Carneiros, Airton Becker, lamentou que o regulamento não é cumprido de forma rigorosa. “Acompanho há muitos anos o Amador de Lajeado. Não admito violência nos clubes, onde estão presentes nossos familiares. Isso acabou desestimulando nossos colaboradores. Os clubes tem medo. Todos temos muito a perder. Mas, tem solução. Punição exemplar aos baderneiros”, justificou o presidente.
Becker lembrou aos presentes que a essência de um campeonato, é o jogo de futebol, sendo decidido nas quatro linhas, sem problemas extracampo.
Para Deoclécio Lussani, o “Neguinho”, presidente do Estudiantes de Conventos, “é inadmissível ter que contratar seguranças para poder resguardar a condição física das pessoas envolvidas nos clubes e também o patrimônio destas agremiações”, ponderou o dirigente.
Na mesma linha de pensamento, o dirigente do Estudiantes de Conventos, Mateus Artus, destacou a impossibilidade dos dirigentes da Liga e dos clubes em confrontar alguns “torcedores”, que se acham no direito de partir para a violência e vão aos estádios somente para tumultuar.
Augusto Sordi, presidente do União Campestre salientou que está envolvido com as competições desde 1999. “Com o passar dos anos, a Lilafa foi colocando empecilhos, tirando o poder dos clubes em fazer futebol. Menos burocracia e menos valores para os jogadores”, solicitou o dirigente do Campestre.
Para Daniel Giovanella, representante do Penharol do Morro 25, a “Lilafa tem que se basear no regulamento, para não ocorrer os problemas originados no campeonato de 2016 e também de outros anos. Falta punição exemplar, pois multas em dinheiro, todos conseguem dar um jeito de pagar. Nosso clube está tentando se organizar na parte de infraestrutura, mas faltam recursos. Estão de parabéns os clubes como Carneiros, São Cristóvão, Estudiantes e outros que conseguem a cada ano melhorar suas sedes através de ações dos seus dirigentes. Temos que aprender com eles e buscar uma maior integração entre todos”, lembrou Giovanella.
Neitor Scheig, presidente do Jardim do Cedro é favorável a um campeonato com menos burocracia e mais firmeza na questão disciplinar. “Estaremos colaborando com a Lilafa em caso de se formar um grupo de apoio ao campeonato”, destacou Neitor.
Já Sírio Pereira Duarte, disse que “hoje não estou aqui para falar em nome do União Carneiros, clube que estive à frente como treinador por muitos anos. Vim para dar minha opinião como desportista ligado ao futebol amador por décadas. Do jeito que as coisas estavam andando, em breve teríamos uma tragédia anunciada. Tudo muito bonito o que o Volnei Kochhann falou com relação a patrocínio e ajuda na arbitragem, pois os últimos campeonatos tivemos a participação majoritária de clubes com poucas condições financeiras. E essa ajuda, acaba beneficiando estas agremiações. No entanto, devemos repensar de uma forma clara e objetiva, uma situação que está insustentável, que é a violência. Tivemos um ano sem campeonato, pois em 2016, o clube que ocasionou um grande problema na casa do adversário, acabou se beneficiando com uma decisão ridícula da promotora do evento. Isso foi a gota d’água para desencorajar os clubes em participar. Temos vários municípios pequenos da região, que fazem o campeonato com seis a sete equipes. E Lajeado não consegue, por quê?”, desabafou o experiente desportista.
Para finalizar, Sírio solicitou que os clubes pensassem na possibilidade de que a competição aceite inscrever jogadores de Lajeado, que estiverem atuando em campeonatos que não estejam ligados a Aslivata.
Já o dirigente da Lilafa, Kiko Weimer, pediu a palavra para colocar aos presentes o porquê da decisão da realização dos 12 minutos de jogo em outro dia, no imbróglio criado no confronto entre o Guarani de Igrejinha e Internacional de Conservas. “O árbitro, que apitou a partida não relatou na íntegra o que se sucedeu naquele dia. A súmula foi analisada pelo advogado responsável pela Junta Disciplinar e a Lilafa acatou a decisão”, ponderou Kiko Weimer.
O último a falar foi o desportista Jorge de Freitas, o “Taxa”, que aceitou a responsabilidade de assumir a presidência da Lilafa, para tentar mudar a situação que hoje se encontra a entidade.
“Eu aceito o cargo de presidente sim, se vocês tiverem a convicção que juntos podemos caminhar em uma nova fase do Amador de Lajeado. Vamos fazer diferente e esqauecer o que ocorreu no passado. Vou pessoalmente conversar com os dirigentes dos clubes que não estiveram presentes (Olarias, Inter, Delfino Costa, Brasil de Alto Conventos, São Bento, Corinthians de Carneiros e Santo André) para tentarmos viabilizar uma grande competição. Minha ideia é de realizarmos um campeonato com no mínimo 10 clubes. Lajeado tem que ser exemplo para o Vale do Taquari. Com relação a composição da chapa da diretoria, vejo com bons olhos o fato de termos um representante de cada clube. No entanto, nas questões disciplinares, temos que apostar em pessoas que estejam acompanhando o nosso futebol, mas que não tenham ligação com nenhum clube. Estou decidido até a fazer mudanças na Junta Disciplinar, se assim os dirigentes dos clubes, acharem necessário. Preciso do apoio de todos vocês, pois desta maneira faremos uma revolução no nosso municipal”, finalizou o próximo presidente.
Eleição
Ficou decidido também que a Assembleia Geral Ordinária, convocada pela Lilafa, para o dia 22, com primeira chamada às 19h e segunda chamada, às 19h30min, ocorrerá na sede da Sociedade União de Carneiros.
Na ordem do dia:
1º) Leitura da Ata da Assembleia anterior
2º) Prestação de contas da diretoria
3º) Relatório da diretoria
4º) Eleição e posse da diretoria e Conselho Fiscal para o biênio 2018/2019
5º) Assuntos gerais