31/05/2018

Alcatraz 2018

Alcatraz: 20 anos, muitas histórias e uma amizade sem fim

Alcatraz: 20 anos, muitas histórias e uma amizade sem fim
Desde 1998, o Alcatraz Futebol Clube participa dos campeonatos do Clube Esportivo Sete de Setembro, sendo a equipe mais antiga em atividade. Mas, foi em 1989 que os amigos Saule Provin, Darmes Pletsch, Altieri Gomes, Cândido Scherer, Ito Feldens e Leonardo Sudbrack resolveram fundar o time.
Como a maioria era colorado, eles escolheram as cores vermelho, branco e cinza para o fardamento. Já a marca surgiu com base no filme “Fuga de Alcatraz”. Assim, as camisas têm um logotipo com um presidiário segurando uma chave, uma produção do primeiro treinador da equipe, seu Glaci Tavares de Oliveira. “Assistimos esse filme americano um dia antes do jogo”, recorda Altieri.
Como qualquer time, a história do Alcatraz é marcada por altos e baixos, mas a melhor recordação sempre será a sua transformação, ao longo dos anos, em uma grande família. “Alguns atletas saem, outros chegam, mas a ideia é que o time passe de geração para geração e é o que já está acontecendo”, explica Amarildo da Cunha, que participa há anos do time e já integrou o filho João Vítor ao grupo. É o que também aconteceu com o sócio-fundador, Ito Feldens, que fez questão de convidar o filho Bruno. “Estamos deixando um legado”, conclui.
O início
A trajetória do Alcatraz começou a ser desenhada quando Saule, Darmes, Altieri, Cândido, Ito e Leonardo se reuniam para jogar futebol de salão. Como todos residiam nos prédios com nomes de Signos, todos localizados no mesmo bairro, os encontros eram frequentes. Tempo depois, também passaram a integrar o time, os amigos Amarildo da Cunha, Nazaré Jung, Emerson e Júnior Fernandes, Everaldo - o “Bruxo” (in memorian), Júlio Cirolini, André Rockenbach, Cândido Scherer - o “Tereza”, Diego Giacomolli e Felipe Mallmann.
Em 1998, o Alcatraz participou do campeonato de areia do Sete, o Beach Soccer. Foi a primeira competição do grupo no clube. “Lembro que na reunião de inscrição dos times falaram que Alcatraz não era nome de time de futebol, mas continuamos vivos, com geração de filhos e com outras que ainda irão chegar”, diz o sócio-fundador, Darmes, que devido a sua mudança de cidade, há alguns anos, está mais distante do grupo.
Time de “esquentadinhos”
No início, a maior dificuldade do time era manter o equilíbrio emocional do grupo. “Nosso grupo sempre foi nervoso, tínhamos sempre muitas expulsões”, relata Saule. Mas, aos poucos, a equipe foi engrenando e se tornando cada vez mais competitiva e qualificada. “Fomos construindo uma bonita amizade com muitas pessoas e atletas de outros times.”
O segundo campeonato do Alcatraz no Sete foi em 1999, quando o time participou da competição de salão do clube. “Fomos campeões e tínhamos no grupo o Cascão da loja de esportes e o Patrola (prefeito Marcelo Caumo) como zagueiro”, recorda Saule. A partir de 2000, o grupo passou a integrar a segunda divisão do campeonato de minifutebol. “Nesse período foi se formando uma nova geração, com uma gurizada mais nova, tendo o Chicão, o Nuno, o Maurício, entre outros. Assim começou a renovação do grupo”, explica Saule.
A ascensão
Foi no ano de 2011 que o Alcatraz ficou campeão da segunda divisão do campeonato de minifutebol do Sete. “Foi um ano especial para todos nós. Fomos adquirindo experiência ao longo dos anos, entrosando o time, organizando a estrutura fora de campo e vejo o título como um reconhecimento por todo esse trabalho e dedicação”, afirma Amarildo. Naquele ano, Leonardo, o “Nado”, deixou de ser jogador e foi o treinador da equipe.
Em 2013, o time voltou a ser o campeão da segunda divisão. “Foi o momento que o Alcatraz começou a ser respeitado como time de futebol e não só mais visto como um time de amigos”, afirma Amarildo. A boa fase, fez com que atletas começassem a querer integrar a equipe. “Muitos jogadores conhecidos passaram pelo time”, recorda Saule, ao citar os nomes de Juninho Pavi, Rafinha Rizzi, Esquerdinha e prefeito Marcelo Caumo, o “Patrola”.
Dois times
No ano de 2011, o grupo resolveu dividir os jogadores em dois grupos. Assim, seria uma forma de prestigiar os atletas mais novos e também aqueles que faziam parte desde o início. O Alcatraz FC passou a jogar a primeira e a segunda divisão do campeonato de minifutebol do Sete. Na primeira divisão, conquistou duas vezes o troféu de vice-campeão, nos anos de 2014 e 2015.
Já em 2017, o Alcatraz FC optou por permanecer apenas com um time na segunda divisão. “Contenção de despesas e falta de patrocínio. Mas, montamos um bom time este ano, com a presença do Vovô (Sandro Mallmann)”, revela Amarildo. Por outro lado, o time permanece firme e forte. “Sempre damos um jeito de reunir o grupo. Quando não tem jogo, a gente arruma um jogo para se encontrar (risos).”
Na boa e na ruim
Em 20 anos seria impossível não ter histórias engraçadas para recordar. Uma delas é o mascote Ted, uma brincadeira feita entre os integrantes do time, mas que eles não dão muitos detalhes a respeito. Outra situação vivenciada pelos amigos é o dia em que eles estavam em deslocamento para uma partida de futebol no município de Cruzeiro do Sul, quando o veículo de Saule simplesmente parou após a direção estragar. “Ficamos a pé e sem jogo”, recordam.
Outro fato curioso, por coincidência ou não, também ocorreu com Saule. Após esquecer a chuteira, para não ficar de fora do jogo no município de Venâncio Aires, o jeito foi jogar a partida de sapato. “Foram muitas histórias e ótimos momentos. São recordações que vamos lembrar para sempre”, afirma Saule.

Fonte texto: Carolina Gasparotto

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